Dicas para uma viagem ao Açores


SÃO MIGUEL, TERCEIRA, SÃO JORGE, PICO, FAIAL, FLORES E CORVO



Em Julho de 2018 passamos uma aventura de 15 dias no arquipélago dos Açores. É difícil eleger uma só ilha como a mais bonita de todas. Os Açores são mesmo o complemento de todas as ilhas que em conjunto oferecem uma diversidade de momentos. Se não poder visitar todas as ilhas faça como nós visite as que conseguir – visite sete – visite quatro – visite três – visite sempre mais do que uma.
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DICAS DE VIAGEM AOS AÇORES


COMO CHEGAR AOS AÇORES?

Chegamos aos Açores – ilha de São Miguel – Ponta Delgada pela Ryanair, felizmente não tivemos problemas com esta companhia. Optamos por voar para São Miguel pelo facto de existirem mais voos a partir do Porto e queríamos começar a explorar os Açores pela ilha mais turística.

COMO SE DESLOCAR NAS ILHAS?

Em todas as ilhas excepto a ilha do Corvo alugamos sempre scooter. Alugar um veiculo é sempre o melhor meio de transporte, conseguimos ver mais locais e chegamos a sítios menos turísticos que normalmente são os melhores recantos. A Autatlantis tem lojas ou parceiros em todas as ilhas o que se torna mais fácil na hora de alugar um veiculo pelas diferentes ilhas.
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COMO SE DESLOCAR ENTRE ILHAS?

Sata é a única companhia aérea que faz ligações interilhas no entanto apesar do percurso ser mais rápido também é o mais caro. Neste sentido usamos sempre o barco para nos deslocarmos. A Atlanticoline é a única empresa de transporte marítimo nos Açores. Os horários são reduzidos e por isso há que prestar atenção e compreender as diferentes linhas para não ficarmos retidos em nenhuma ilha devido ao horário dos barcos. Uma vantagem em relação aos transportes interilhas é o Cartão Interjovem dos Açores.
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QUAIS AS VANTAGENS DO CARTÃO INTERJOVEM DOS AÇORES?

Este cartão pode ser usado por jovens até aos 30 anos de idade. Tem o custo de 40€ e a durabilidade de 1ano. As principais vantagens que utilizamos com este cartão correspondem à deslocação, alojamento e entradas em alguma atrações, nomeadamente museus.
Com o Cartão Interjovem cada viagem de barco interilhas através da Atlanticoline fica sempre por 7.50€ por pessoa. O que se torna uma vantagem quando existem pessoas que sem esse cartão pagam 50€, 30€, 20€ pela mesma passagem.
Na Sata o Cartão Interjovem também dá um desconto de 20% ao adquirir o bilhete. No entanto devido ao elevado valor praticado pela Sata a viagem de barco acaba por ficar sempre mais em conta, por outro lado é mais demorada.
Em relação ao alojamento na rede de Pousadas da Juventude dos Açores os adquirentes do Cartão Interjovem tem desconto de 30% a 50% nos quartos múltiplos, entre outros descontos, mas o dos quartos múltiplos é o mais barato.

ONDE SE HOSPEDAR NOS AÇORES?

Como tínhamos o Cartão Interjovem sempre nos hospedamos nas Pousadas da Juventude para usufruirmos da vantagem do cartão. No entanto, no Faial e na Flores como não existe Pousada da Juventude optamos por acampar, ambas as ilhas têm acampamento gratuito e com bastante comodidades. No Faial acampamos na Zona de Lazer de Castelo Branco onde havia uma piscina natural, neste caso utilizávamos os balneários da piscina, apesar de haver só água fria, os balneários estavam sempre abertos para os campistas. Tínhamos também local para grelhados e lavatório da loiça. Nas Flores ficamos no Parque de Campismo e Lazer de Santa Cruz das Flores este parque ainda tinha mais comodidades do que o do Faial. Para além da piscina natural, tinha água quente, churrasqueira com lenha e um senhor que cuidava do parque com muito carinho.
Não conhecia estes locais até estar nos Açores foi o longo da minha estadia que conheci várias pessoas que viviam nas varias ilhas e em conversa fui pedindo dicas. Há coisas que só os locais conhecem. Foi para mim uma honra estes parque de campismo tão bem cuidados serem gratuitos e por isso vamos respeitar e cuidar para que continuem assim.
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COMO É O TEMPO NOS AÇORES?

Não é razão para deixar de visitar os Açores no entanto para mim a meteorologia foi a pior parte das férias. Apanhamos chuva fraca em várias ilhas mas foi no Pico durante algumas horas que pelo menos uma tarde choveu bastante. A chuva não é muito gratificante para quem anda de scooter ou faz a viagem de mochila às costas como era o caso. Felizmente enquanto acampamos o sol sempre despertou, só uma das noite é que choveu um pouco. Sorte a nossa!
Utilizem o SPOTAZORES para verem através das webcams espalhadas pelas ilhas como está o tempo naquele local, se o tempo não estiverem propício procurem onde o sol está a espreitar. Felizmente, ele anda sempre num cantinho de cada ilha.

COMO SAIR DOS AÇORES?

Saímos dos Açores a partir da ilha das Flores com um voo de encaminhamento. Este voo é gratuito para quem saia um entra nos Açores vindo do Continente ou da Madeira. Já tínhamos o voo de volta desde São Miguel – Ponta Delgada para Porto. Tínhamos agora duas solução ou voltávamos de barco para São Miguel e demorávamos mais ao menos um dia ou pedíamos um voo de encaminhamento da ilha das Flores até Ponta Delgada para posteriormente apanharmos o avião da TAP para o Porto. Optamos pela segunda. Basicamente com o numero da reserva do voo Ponta Delgada – Porto pedimos à Sata através do site um voo de encaminhamento e foi-nos enviada a confirmação por e-mail. Depois o processo é igual a qualquer outra companhia.


O MELHOR DE SETE ILHAS DOS AÇORES


SÃO MIGUEL

A nossa estadia em São Miguel foi curta como queríamos aproveitar o facto de ser o ultimo ano que podíamos aproveitar o Cartão Interjovem (os trinta já não voltam mais) queríamos conhecer a maioria das ilhas, já que todas seria impossível. Mais tarde queremos voltar a São Miguel e aproveitar para conhecer Santa Maria.
Tivemos cerca de 1 dia e meio para ver São Miguel. Chegamos por volta das 18h tempo de alugar a mota fazer check-in na pousada e ir em direção às Furnas para jantarmos no Restaurante Tonys o tradicional Cozido das Furnas. Aqui o cozido custa 12€ por dose bastante bem servida. Para nós uma dose dá para dois. Depois do jantar fomos até ao Poço da Dona Beija eram já  cerca das 21h30. Pensávamos nós que seria tarde para ir para as águas quentes mas como fechavam às 23h30 fomos ver como funcionava. O melhor momento para desfrutar das águas termais é mesmo durante a noite a sensação de relaxamento é fantástica. Para entrar no Poço da Dona Beija paga-se 6€ por pessoa mas vale bem a pena. São cinco poços com água entre 20 a 40 graus.
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Restaurante Tonys

No dia seguinte o dia começou bem cedo tínhamos ainda muitas coisas para fazer. Em primeiro lugar fomos à Caldeira das Sete Cidades descemos mesmo até à caldeira onde desfrutamos de um belo lanche. Seguimos depois para a Cascata do Salto do Cabrito. Foi um pouco difícil de encontrar o acesso a esta cascata mas depois de falar com alguns locais conseguimos perceber que trilho deveríamos seguir. O trilho para a Cascata do Cabrito é feito a partir de uma Central Hidroeléctrica é um percurso curto e relativamente fácil apesar de ser necessária alguma técnica em algumas situações.
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Trilho cascata do cabrito

Depois da Cascata do Cabrito passamos pela Lagoa do Congro, seguimos viagem para o Miradouro do Pico do Ferro. Como estávamos perto descemos até à zona das furnas para ver como era feito o tradicional Cozido das Furnas que tínhamos comido na noite anterior. Depois de algumas caminhadas pelo local continuamos para a localidade da Ribeira Quente. Pelo caminho, já na Ribeira Quente encontramos uma cascata bem perto da estrada um pouco antes de chegarmos à praia. Adorei a praia da Ribeira Quente e como o tempo estava convidativo os mergulhos foram fenomenismo, a temperatura da água como o próprio nome indica consegue ser bem agradável.
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Lagoa do Congro
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Miradouro pico do ferro
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Cozido das Furnas
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milho cozido nas Furnas
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Cascata da ribeira quente

 

TERCEIRA

Tínhamos cerca de dois dias para conhecermos a esta ilha. Para nós a Terceira é a ilha mais hospitaleira de todas. As pessoas estão sempre prontas a ajudar de qualquer forma, gostam de falar, conhecer, sempre com bastante humildade. Quando chegamos à Terceira tínhamos uma caminhada de 45min. para fazer até ao local onde íamos alugar a scooter. Como não percebemos bem como funcionavam os autocarros era hora de nos pormos à estrada. Passado cerca de 20min. um carro parou ao pé de nós e perguntou se queríamos boleia. Nunca tínhamos andado à boleia mas pensamos: “Se estamos numa ilha que mal nos podem fazer?” Logo aceitamos durante o caminho o senhor disse-nos que costumava dar boleia aos turistas que andavam de mochila às costas pois quando ele era novo também viajava assim. Bastou essas palavras para percebermos a humildade do senhor naquela viagem.
Passado pouco tempo já tínhamos a scooter connosco fomos até à pousada para o check-in e mal chegamos adoramos a piscina natural – Piscina do Negrito – que estava em frente pousamos as coisas e demos um belo mergulho. Depois do mergulho e banho tomado fomos em direção ao Monte Brasil para um piquenique, já eram horas de jantar e nós gostamos de comer nos locais mais improváveis. O Monte Brasil surpreendeu-nos. É bastante bonito tem vários veados entre outros animais, mas os veados são a grande marca deste local. As paisagens são lindíssimas e havia vários postos de vigia das baleias no entanto não avistamos nenhuma.
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veados no monte brasil
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monte brasil
No dia seguinte apesar de alguma chuva começamos por fazer o trilhos dos Mistérios Negros, apesar de relativamente fácil o trilho tem alguma técnica e como tinha chovida apanhamos muita lama entre as rochas, o que tornou o trilho ainda melhor. Depois do trilho seguimos em direção às Piscinas Naturais dos Biscoitos apesar de bonito o tempo não estava propicio a banhos. Continuamos para a Praia da Vitória e subimos até ao Miradouro do Facho que tem uma vista espectacular sob a praia. O Tempo ainda não estava bom para fazer praia e por isso continuamos até ao Miradouro da Serra do Cume que estava totalmente limpo, o sol começava a espreitar e com uma paisagem de cortar a respiração. Passamos pelas Furnas de Enxofre da Terceira, via-se algum fumo a sair da rocha mas não era tão intenso como as furnas de São Miguel. Ainda nos faltava visitar o Algar do Carvão e fomos até lá perceber como é estar dentro de um vulcão. No final do dia fomos até Angra do Heroísmo uma vila muito pacata na Terceira, fantástico para dar uma volta depois do jantar.
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piscinas naturais dos biscoitos
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miradouro do facho
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aldar do carvão

SÃO JORGE

É a ilha mais montanhosa dos Açores e também onde a vida rural permanece até aos dias de hoje. Esta ilha é marcada pelas suas fajãs – deslizamento de terras que foram ocorrendo ao longo dos anos.
Chegamos à ilha já um pouco tarde no entanto ainda tivemos tempo para ir ver o pôr do sol à Ponta dos Rosais, neste momento o tempo já ameaçava chover.
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ponta dos rosais

No dia seguinte acordamos com chuva mas mesmo assim decidimos ir ao Ilhéu do Topo, neste local sereno o sol brilhava com bastante intensidade, ótimo momento para relaxar. Voltamos no caminho para ir até à Fajã dos Crubres onde deixaríamos a scotter e continuaríamos a pé até à Fajã de Santo Cristo. Pelo caminho avistamos a fábrica do queijo aproveitamos e fomos comprar um pouco de queijo, teria que ser já que estávamos na capital do queijo.
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ilhéu do topo

Ao chegar à Fajã dos Cubres a paisagem ficou perfeita quando vimos bem lá no fundo a Caldeira da Fajã de Santo Cristo. Paramos a scooter o parque de estacionamento começamos a andar. O trilho era relativamente fácil apesar de alguma pedra solta. Quando chegamos à Fajã de Santo Cristo paramos para lanchar enquanto apreciávamos a linda paisagem. Continuamos em direção à Serra do Topo até encontrarmos uma cascata pois sabíamos que pelo caminho havia pelo menos uma. Durante o percurso precisamos de ter cuidado com as cabras pois elas sobem o monte e ao mesmo tempo mandam pedras para baixo. Quando chegamos à cascata as horas já iam avançadas e por isso decidimos voltar para trás. Ainda tínhamos um belo queijinho para comer enquanto deslumbramos a ilha do Pico.
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fajã de Santo cristo
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trilho FAJÃ DE SANTO CRISTO
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vista para ilha do pico

PICO

Fomos para a ilha do Pico em plena festa da Madalena pelo que parece as festas do Pico são muito famosas, jovens e famílias de outras ilhas dos Açores vão até ao Pico para viverem na sua essência as festas daquela ilha.
Depois de um dia de festa começamos por visitar as Lajes do Pico para mim foi uma das melhores coisas que fizemos nesta ilha a visita ao Museu das Lajes fez-nos perceber como era feita em tempos a caça à baleia. O vigia da baleia era o homem mais importante na caça à baleia ele tinha o dever de dizer exatamente onde se encontrava a baleia para que a caça começa-se. Quando o vigia avistava uma baleia mandava foguetes para o ar afim de avisar que havia uma baleia perto da costa. A este sinal os caçadores de baleias que também eram cabeleireiros, marceneiro, lenhadores entre outras profissões deixavam o seu trabalho afim de começar outro muito mais perigoso.  Apesar do trabalho esforçado os caçadores de baleias só era recompensados quando o óleo da baleia fosse vendido, o que poderia demorar um ano ou mais.
Depois de deixarmos a história das baleias era hora de aproveitar o sol e fazer alguma praia. Enquanto seguíamos para a Criação Velha para una banhos de sol passávamos por várias vinhas.
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praia da criação velha

O Pico é famoso não só pela caça às baleias mas também pelos vinhos e licores. Com uns mergulhos dados seguimos para o Cachorro. Neste local avista-se na rocha um cachorro e por isso o nome dado ao local. Aqui também se prova os melhores licores do Pico. Depois das provas levamos uma garrafinha de licor. No dia seguinte íamos subir a montanha do Pico e era preciso comemorar quando chegássemos lá em cima.
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vinhas do pico
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cachorro

Depois de uma manhã tranquila ao meio da tarde fomos até à Casa da Montanha, o tempo estava ideal, estávamos preparados para subir a montanha e pernoitar na cratera do vulcão. A subida foi bastante intensa, o cansaço apoderava-se cada vez mais, não havia tempo para descansar era sempre sempre a subir. A vista era autentica. Quando mal esperávamos lá estávamos nós na cratera do vulcão. Pouca gente avistávamos no trilho. Normalmente as pessoas sobem pela manhãzinha e descem pela tarde. Nós queríamos ter a oportunidade de ver o pôr de sol e acima de tudo de viver esta grande aventura que é dormir em cima de um vulcão. Já dentro da cratera procuramos um local bem abrigado e montamos a tenda.
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montanha do pico
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PERNOITAR na cratera do pico

Ainda faltava algum tempo para o por do sol mas ainda tínhamos que subir ou melhor trepar o Piquinho. Ao subir o Piquinho começamos a sentir o cheiro enxofre tal como nas furnas e lá em cima o vapor que saia do vulcão aquecia o local. A sensação era ótima mas atividade em torno do vulcão dava sensação de insegurança. Não pensamos mais no vapor e demos atenção ao por do sol que estava a chegar, estávamos acima das nuvens e isso significava que o por do sol ia ser único. Esta sensação é única!
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por do sol no piquinho
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POR DO SOL Na montanha do pico

Levamos as lanternas já que íamos descer o Piquinho já de noite. Chegados à tenda jantamos e no final brindamos com o licor comprado no dia anterior. Durante a noite o vento era bastante o que dificultou a dormida para não falar do frio apesar da roupa que tínhamos. Quando acordamos o sol estava prestes a nascer apesar do tempo estar ameaçar chover o que ao longo da descida se verificou. Passado duas horas e meia estávamos cá em baixo. A subida ao Pico é dura mas vale bem a pena!
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amanhecer na montanha do pico

FAIAL

Depois da subida ao Pico acabamos por descansar mais no Faial. As Piscinas Naturais de Castelo Branco foram ótimas para isso e o tempo naquele local da ilha teve sempre bom.  Para além da piscina fomos até ao Vulcão dos Capelinhos, não subimos pelo cansaço mas é bastante bonito. As Piscinas do Varadouro também é um dos locais de eleição do Faial apesar de estar frio quando passamos por lá.
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vulcão dos capelinhos

Visitamos também a Caldeira de do Faial, uma cratera esverdeada bastante grande. Para chegar à Caldeira basta estacionar e passar por túnel escavado no monte. Seguimos para a Praia de Almoxarife como é uma praia de areia decidimos ir espreitar. Infelizmente o vento logo nos afastou dessa praia e assim voltamos a para a piscina de Castelo Branco já que era o local com mais sol da ilha.
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acesso à caldeira do faial
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caldeira do Faial
Neste dia decidimos jantar fora e  a Marina da Horta foi o destino escolhido. Esta marina faz lembrar a marina de Vila Moura mas muito mais calma. É um bom local para um passeio noturno. O Faial não é das ilhas mais turisticas mas talvez seja uma das melhores para se viver, pode ser por isso que existem muitos professores no Faial vindos do Continente.

FLORES

A ligação de barco para as Flores faz-se mais ao menos de quinze em quinze dias durante o Verão, no Inverno é quase uma raridade. Fizemos a viagem durante a noite e dormimos no barco, por acaso os bancos são bastante confortáveis. Chegamos ao Cais das Lajes às 9h30, até Santa Cruz das Flores teríamos que andar cerca de 4h. Pés ao caminho com a ideia de que talvez alguém nos oferece-se boleia. Algum tempo depois um casal já de idade parou e perguntou para onde íamos por acaso eles também iam para Santa Cruz. Pediram logo para entrarmos e a conversa começou a fluir. Estes momentos são as melhores pérolas que alguma viagem pode ter.
Já em Santa Cruz começamos a andar em direção ao parque de campismo. Mal chegamos fomos outra vez bem aceites. O senhor que tomava conta do parque foi muito prestável connosco.
O dia continuou bem quente e fomos até às Piscinas Naturais de Santa Cruz das Flores bem perto do parque de campismo. Na piscina estava um pescador que tinha como hobby no Verão apanhar as fanecas bravas que avistava no mar. Dizem que uma espetada da faneca deixa a pessoa paralisada daquele membro por algum tempo. Por isso os nossos mergulhos eram muito rápidos não vá as fanecas aparecerem.
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piscinas naturais santa cruz das flores

A Ilha das Flores tem muito para oferecer entre lagoas e cascatas os encantos são muitos. Partimos em busca das lagoas, são sete: lagoa da lomba, lagoa funda das laje, lagoa rasa, lagoa comprida, lagoa funda, lagoa seca e a lagoa branca. São todas fáceis de descobrir e estão relativamente perto umas das outras o mais difícil é mesmo o tempo nos deixar avistar estas proezas.
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há procura das 7 lagoas
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lagos comprida

Poço da Alagoinha é das melhores maravilhas da ilha. Conseguimos avista-lo ao longe quando descemos a encosta. Mesmo assim o melhor é mesmo estacionar e fazer o pequeno trilho para chegar até a esta verdadeira beleza. Fantástico!
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trilho poço da alagoinha
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poço DA ALAGOINHA
Continuamos estrada fora para vermos a Cascata do Poço do Bacalhau esta cascata é realente fenomenal mas o que mais nos impressionou foi o numero de quedas de água que havia na mesma encanta.
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cascata poço do bacalhau

A Ilha das Flores é a capital das cascatas e por isso decidimos que seria o local ideal para experimente Canyoning. Foi uma tarde espectacular. Rappel, slide, saltos para a água foram momentos incríveis. Agradecemos à Ocidental Adventures por nos terem proporcionado momentos tão intensos. Desfrutem do canyoning é realmente sensacional. Vejam o nosso vídeo.
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preparação do canyoning
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que comece o rappel
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continuação do rappel
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CANYONING

Não perca também o trilho da Fajã do Lopo Vaz. Nós não tivemos tempo para fazer o trilho mas acredito que seja fenomenal. O que mais estranhei nas Flores foi a falta de peixe à venda. Por mais pescadores que hajam estes vendem para a lota e não vendem nas ruas, no supermercado só havia peixe congelado. O que vale é que o Parque de Campismo das Flores  está cheio de pessoas bondosas e apenas porque ouviram uma conversa logo os locais se dispuseram a arranjar-nos bom peixe. Este é o espírito que por lá se vive. A zona de refeição do parque de campismo virou um belo banquete.

CORVO

A viagem para o Corvo foi bastante agitada – 45min. – com ondas fortes. O barco parecia que ia virar mas notava-se a confiança do homem que o conduzia, a experiência de furar as ondas não o deixava desistir. Surpreendeu-nos o facto do Corvo apesar de isolado ser muito mais desenvolvido do que muitas aldeias do Continente. Há cerca de 2000 habitantes no Corvo e por sinal no dia que por lá vagueamos vimos muitas crianças. Mal deixamos o cais e fomos em direção à Vila do Corvo no cimo da rua dois homens perguntavam se queríamos ver o Caldeirão e fazer um pequeno percurso pelos pontos principais da ilha por 5€ por pessoa. Optamos por aceitar a ofertar até porque gostamos de ouvir as gentes a falar sobre a sua terra.
Subimos até ao Caldeirão e o cenário era de mau tempo, vento e nevoeiro. Entramos passados uns minutos para a carrinha e logo o senhor nos levou para à Vila. O sentimento era de tristeza pois perdemos a nossa oportunidade de ver o que mais queríamos naquela ilha. Quando o senhor nos deixou na vila logo nos disse para nos mantermos por lá porque de tarde o tempo ia melhorar e nos levava novamente ao Caldeirão sempre precisarmos de pagar mais.
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caldeirão do corvo - manhã 
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vila do corvo
Fomos em direção a uma festinha que havia no corvo onde almoçamos. De seguida demos uma caminhada pelos moinhos e entretanto estava novamente o senhor com a carrinha. Assinalou para nós e entramos. Passado um bocado estávamos já no Caldeirão. Quando saímos da carrinha e avistamos aquela que seria a mais bonita paisagem que alguma vez vimos. O Caldeirão estava realmente totalmente limpo. Maravilhoso!
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caldeirão do corvo - tarde

Depois de apreciarmos a bela paisagem descemos novamente para a vila e nesse momento o senhor mostrou-nos os principais pontos na vila. Deixou-nos numa piscina perto da cais para darmos uns mergulhos antes de voltar para as Flores. Naquela piscina havia muitos locais principalmente crianças que se refrescavam durante a tarde.

VÁ AOS AÇORES E… VIAJE COM ALMA